Re: Dilma Rousseff o José Serra
andregiestas;802952 said:
1) "População saiu da miseria" - Mentira.... Se parar de pagar as bolsas volta tudo ao que era.... Evidencia fraquissima.
Quando o governo Lula começou, o Brasil tinha 47milhões de miseráveis.
Agora tem apenas 21milhões.
Isso não é sair da miséria? Não tem como negar cara, isso é pesquisa e não boato.... nem a oposição se atreveu a negar isso durante a campanha e você quer vir dizer que é mentira?
andregiestas;802952 said:
2) "O Brasil aguentou à crise economica" - O Brasil vem de longa data criando mecanismos para freiar o sistema financeiro que permitiu com que aguentassemos a crise. Isso nao foi algo feito meramente no governo Lula
Os grandes responsáveis pela previsão e superação da crise economica mundial foram o Meirelles e o Palocci cara... o Meirelles sim vem do governo FHC mas esse longa data não tem como ser do governo anterior pois ninguém no mundo inteiro previu essa crise antes de 2002.
andregiestas;802952 said:
3) "Com Lulla o Brasil virou auto-suficiente em petróleo" - E o mérito de Getulio Vargas em ter criado a Petrobras? E os outros presidentes que contribuiram com essa causa? Lulla nao pode usar isso como merito extritamente dele.
Na história da Petrobras, a empresa já teve muitos altos e baixos, inclusive na era FHC estava bem mal das pernas e quase foi privatizada, ou você não lembra do Fernando Henrique falando em Pretrobrax(tornaria a empresa mais "palatável" para os estrangeiros)?
O governo Lula foi o responsável pela restruturação da empresa e hoje ela está voltando a ser como Getúlio tinha planejado.
andregiestas;802952 said:
4) Lula fala que a economia Brasileira está crescendo como nunca no governo dele.... Mas isso nao seria possivel se nao houvesse o Plano Real, do ex-presidente Itamar Franco e seu ministro FHC. Foi esse o fator mais importante para que a economia Brasileira saisse da década perdida (decada de 80 e começasse a crescer - claro que houveram outras influencias como uma maior abertura comercial feita por COLLO, por exemplo).
Quando se fala em política macroeconômica implantada por FHC, refere-se geralmente ao tripé câmbio flutuante, regime de metas de inflação esuperávit primário. Basicamente, o preço do real em relação ao dólar não é fixo, flutuando livremente; o Banco Central administra os juros para manter a inflação dentro de um patamar; e busca-se bons resultados nas transações com o exterior para pagar as contas do governo.
Nem sempre foi assim, nem mesmo no
governo FHC: até 1998, o câmbio era fixo. Todo mundo se lembra que, em
janeiro de 1999, a cotação do dólar, que valia pouco mais de um real, subitamente
dobrou. Talvez não se lembre que
isso ocorreu porque FHC tinha mantido artificialmente o câmbio fixo durante 1998, para ganhar a sua reeleição - que teve um custo altíssimo para o país - e
logo depois, vitorioso, mudou o regime cambial (no que ficou conhecido como "populismo cambial").
O regime de metas de inflação foi adotado só depois disso. Ou seja,
FHC não só não adotou uma mesma política macroeconômica o tempo em que esteve no Planalto, como também deu um "cavalo-de-pau" na economia, que jogou o Brasil nos braços do FMI, para ser reeleito.
Que política macroeconômica de FHC então é essa, tão "genial", que o Lula teria mantido?
A estabilidade foi mantida, sim, e a implementação do Plano Real pode ser atribuída ao governo FHC (embora Itamar Franco, hoje apoiador de Serra, discorde disso).
Mas Lula fez muito mais do que isso. A
inflação não voltou: as taxas de inflação foram mantidas, entre 2003 e 2008, num patamar inferior ao do governo anterior. E com uma diferença: a
estagnação econômica foi substituída por taxas de crescimento econômico bem maiores, com redução da dívida pública.
A alta do preço das commodities no mercado externo favoreceu esse quadro (reduzindo a inflação de custos), mas não foi tudo. O
crescimento da economia também foi favorecido pelo crescente acesso ao crédito: em 2003, foi criado o crédito consignado, para o consumo de massa de pessoas físicas - e deu certo, puxando o crescimento do PIB;
o BNDES se tornou um agente importantíssimo na concessão de crédito de longo prazo (veja esta tabela)http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Relacao_Com_Investidores/Desempenho/, induzindo outros bancos a paulatinamente fazerem o mesmo.
Os aumentos reais do salário mínimo e os benefícios do Bolsa Família foram decisivos para uma queda da desigualdade social igual não se via há mais de 40 anos: foi a ascensão da classe C.
Isso tudo é inovação em relação à política econômica de FHC.
E quando bateu a crise? Aí o governo Lula foi exemplar. Ao aumentar as reservas em dólar desde o princípio do governo, dotou o país de um colchão de resistência essencial. Os aumentos reais do salário mínimo e o bolsa família possibilitaram que o consumo não se retraísse e a economia não parasse - o mercado interno segurou as pontas enquanto a crise batia lá fora. E, seguindo o receituário keynesiano - num momento em que os economistas tucanos sugeriam o contrário - aumentou os gastos do governo como forma de conter o ciclo de crise. Deu certo. E a receita do nosso país virou motivo de admiração lá fora.
No meio da pior crise global desde a de 1929, o Brasil conseguiu criar milhões de empregos formais. Provamos que é possível crescer, num momento de crise, respeitando direitos trabalhistas, sendo que a agenda do PSDB era flexibilizá-los para, supostamente, crescer.
Você ainda acha que tucanos são ótimos de economia e petistas são meros imitões?
Então vamos ao argumento mais poderoso: imagens valem como mil palavras.
Dedique alguns minutos a este vídeo(
http://www.youtube.com/watch?v=Ig9pE6qwzxw&), e depois veja se você estaria feliz se Serra fosse presidente quando a crise de 2008/2009 tomou o Brasil de assalto.
Se você tem mais interesse nessa discussão, baixe este documento aqui(
http://www.fazenda.gov.br/portugues...onomia-Brasileira-Em-Perpectiva-Jun-Jul10.pdf) e veja como andam os indicadores econômicos do Brasil neste período de crescimento, inflação baixa e geração de empregos.